sábado, 20 de março de 2010

Textos sobre o Trânsito

CONVERSANDO E DISCUTINDO SOBRE O TRÂNSITO

[Textos retirados do site www.educarparaotransito.com]

Quando a gente anda na rua movimentada, encontramos carros, motos, ônibus, bicicletas... tudo isso andando muito mais rápido do que nós conseguimos. E pior, sem prestar muita atenção em quem está andando pela rua. O que é maior: um carro ou uma pessoa?

Pois é... O carro é bem maior, por isso, se ele bater na gente, é muito perigoso!

Vamos conversar um pouco sobre isso. Que tal fazermos uma roda sen-

tados no chão ou nas cadeiras? Conversar em roda é bem melhor, porque todo mundo pode se enxergar enquanto fala!

Como é o jeito certo de atravessar uma rua?

É junto com um adulto, na faixa de pedestre, quando o sinal de pedes-

tre estiver aberto e depois de olhar várias vezes para os dois lados, certificando-se de que não está vindo nenhum carro.

E se na rua não tiver faixa de pedestre?

E se vocês estiverem sozinhos?

E se não tiver sinal de pedestres?

Conversem bastante e façam, coletivamente, uma lista de soluções para

esses problemas! Essa lista pode ser encaminhada ao Órgão de Trânsito competente, para servir como subsídio e solicitação de melhorias no trânsito.

Se for possível, dêem uma volta na quadra da escola e vejam se em

todas as ruas têm faixa de pedestre ou sinal de pedestres. Se não tiver, vocês já saberão como fazer para atravessar a rua, basta lembrar da lista de soluções que fizeram na sala!

DICA: Professor, essa conversa inicial sobre o tema pretende conscientizar o aluno das necessidades de prevenção e lidar de forma real com a questão do atropelamento. A busca de soluções em conjunto para as questões apresentadas leva o aluno a uma reflexão racional importante para o entendimento da prevenção e do perigo que corremos no dia-a-dia. Passear pelas redondezas da escola e analisar a realidade das condições do trânsito têm o objetivo de garantir que as crianças se lembrem dessa discussão todos os dias, ao chegarem ou saírem da escola, prestando atenção no seu caminho e nas possibilidades de diminuir o risco de acidentes. A lista de soluções deve ser estruturada, aproveitando para trabalhar com as questões da linguagem oral e escrita, com significado para as crianças, pois esses cartazes com as indicações também podem ser espalhados pela escola.

“VIA DE MÃO DUPLA”

Vamos brincar e ver quem está esperto para atravessar uma rua ou uma avenida?

Objetivo: reconhecer as regras para atravessar uma via de mão dupla.

Materiais: giz ou qualquer outro material para delimitar áreas no chão.

Local: pátio externo, quadra ou ginásio.

Desenvolvimento: delimite duas faixas paralelas como se fosse

uma via de mão dupla. Divida a turma em três grupos.

Os alunos do grupo 1 representarão os carros;

os do grupo 2 representarão os adultos;

os do grupo 3 serão as crianças.

O professor será o agente de trânsito, mediando a prática.

Para iniciar o jogo, os adultos devem estar de um lado da via, e as

crianças do lado oposto, enquanto os carros passam correndo nos dois sentidos.

O desafio é que cada adulto vá buscar uma criança, ajudando-a a

atravessar a via pública. Os adultos podem contar com o apoio do agente ou do policial, o qual intervém no fluxo do trânsito sempre que seja necessário.

A brincadeira termina quando todas as crianças tiverem atravessado

a via com o auxílio dos adultos. Proponha a troca de papéis entre os alunos para novas rodadas do jogo.

Dica: você poderá utilizar sinais de trânsito, placas ou apito para

executar sua função de agente de trânsito ou policial.

Fonte: ONG Criança Segura

IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

Proposta de discussão em sala de aula, sobre os seguintes tópicos:

  • Observar a foto e mencionar o que pode ser visto
  • Como esta senhora chegou a este local? Quais possíveis dificuldades ela pode ter encontrado? Ela conseguiria chegar neste local de forma autônoma, sem ajuda de terceiros?
  • Discutir a importância de que qualquer cidadão tenha condições de acesso a qualquer lugar.
  • Discutir as diferenças entre pessoas que caminham normalmente e aquelas que caminham de forma mais lenta (como os idosos) ou que necessitam de ajuda (incluindo bengalas, aparelhos, cadeiras de rodas ou outros equipamentos). Qual deve ser a atitude e o comportamento daqueles que caminham normalmente, com relação a estas outras pessoas?
  • Como devem ser as ruas e calçadas para permitir que estas pessoas com deficiência ou necessidades especiais possam se deslocar?
  • Qual o dever do Poder Público para permitir que isso seja possível?

Reforçar a discussão sobre deveres e responsabilidades que todo cidadão tem na vida em sociedade. Reforçar esta mesma discussão com relação ao Poder Público.



RESPEITO AO PEDESTRE NA FAIXA.

Não se trata de respeitar a faixa para o pedestre, - uma imposição da Lei -, mas de respeitar o pedestre na faixa. É respeitando a pessoa que entramos no domínio das boas-maneiras, e uma boa ocasião para isto, é quando estamos ao volante do carro e percebemos que alguém na calçada deseja atravessar a rua à nossa frente pela faixa do pedestre. Respeitar a pessoa significa reconhecermos e valorizarmos o seu sentimento de auto-estima, o que também faz com que nossa própria auto-estima cresça e com ela o orgulho de nossa cidadania.

Ao respeitar a faixa de pedestres, não estamos apenas seguindo uma norma de boas-maneiras no trânsito, mas também respeitando a Lei. Os artigos 70 e 71 do Código Nacional de Trânsito dizem:

Se você tem consciência e sabe da importância do respeito ao pedestre e se deseja por em prática essa norma, siga à risca as recomendações relacionadas abaixo:

1) Familiarize-se com os locais onde existem faixas para travessia de pedestres;

2) Não dirija a mais de 40 km por hora em ruas que tenham muitas faixas para o pedestre;

3) Diminua a marcha bem antes da faixa, se for parar, com atenção no retrovisor para o carro que vem atrás;

4) Pare, se notar com antecedência um pedestre na calçada em um dos extremos da faixa em atitude indicando que pretende atravessar a via (observada a recomendação 3, acima).

5) Deixe o pisca - alerta ligado enquanto estiver parado e não movimente o carro antes que o pedestre alcance a calçada do outro lado (Estando parado você atrairá a atenção do motorista que vier na outra faixa para que também ele pare o seu veículo)

(Texto de Rubem Queiroz Cobra - Filósofo, Doutor em Geologia, Escrito e Conferencista em Temas de Educação.)

BRASIL É CAMPEÃO EM ACIDENTES DE TRÂNSITO

No dia 11 de setembro de 2001 o mundo parou por causa do atentado aos Estados Unidos, onde cerca de 3.000 mil pessoas morreram.

No Brasil, o trânsito faz o mesmo número de vítimas todos os meses, índice de fatalidade quatro vezes maior ao de países desenvolvidos.

ALTO CUSTO PARA O PAÍS

O Brasil tem prejuízo anual de R$ 105 milhões com acidentes de trânsito. São custos com perdas em produção, custos médicos, previdência social, custos legais, perdas materiais, despesas com seguro, custos com emergências entre outros.

Observe algumas estatísticas:

A maioria dos acidentes tem como causa, o excesso de velocidade. Veja o ranking brasileiro:

  • No Rio de Janeiro, que ocupa o primeiro lugar, 41% dos acidentes são causados pelo excesso de velocidade.
  • São Paulo fica em segundo lugar com 28%
  • E, Brasília com 21% dos acidentes causados pelo excesso de velocidade ocupa o terceiro lugar.

· Os atropelamentos são responsáveis por 36% das mortes nas estradas brasileiras.

  • O pedestre só tem chance de sobreviver se o veículo estiver a 30 km/h.
  • Se o motorista estiver a 40 km/h, a chance de óbito vai para 15%.
  • A 60 km/h, a chance de morte cresce assustadoramente, vai para 70%.
  • E, caso o pedestre seja apanhado a 80 km/h, provavelmente não terá qualquer chance de sobreviver.
  • 64% dos acidentes são causados por falhas humanas.
  • 30% tem origem em problemas mecânicos.
  • 6% são conseqüência de má conservação de via.

PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES

· Dirigir sob efeito de álcool e substâncias entorpecentes,

· Trafegar em velocidade inadequada,

· Inexperiência e falta de conhecimento,

· Falta de atenção e falha de observação.

ÁLCOOL, DROGAS E DIREÇÃO

Metade das mortes no trânsito envolvem motoristas embriagados. Mesmo em pequenas doses, o álcool prejudica a percepção de velocidade e distância, pode causar dupla visão e incapacidade de coordenação. A pessoa alcoolizada tende também a fixar os olhos em movimento e não consegue observar tudo o que acontece no trânsito.

Algumas drogas para tirar o sono podem fazer o condutor dormir de olhos abertos.

É importante que fabricantes e comerciantes estejam juntos com a sociedade na luta contra o álcool nas estradas.

DIREÇÃO DEFENSIVA VOCÊ SABE O QUE É ISSO?

Direção defensiva é dirigir com objetivo de prevenir acidentes, atento às ações incorretas de outros motoristas e das possíveis condições adversas da pista e do tempo. Trata-se da prática de dirigir com segurança, reduzindo a possibilidade de ser envolvido em acidentes de trânsito.

DICAS PARA UM BOM MOTORISTA

  • Conheça as leis do trânsito
  • Não dirija se não estiver em boas condições físicas e psicológicas, sofrendo de fadiga, sonolência ou após ingerir bebidas alcoólicas ou substâncias entorpecentes.
  • Use sempre cinto de segurança
  • Conheça detalhadamente o veículo
  • Mantenha seu veículo sempre em boas condições de funcionamento
  • Faça a previsão da possibilidade de acidentes e seja capaz de evitá-los
  • Tome decisões corretas com rapidez nas situações de perigo
  • Não aceite desafios e provocações
  • Não dirija cansado, sob efeito de álcool e drogas
  • Veja e seja visto
  • Não abuse de autoconfiança para não colocar a sua vida e nem a de outros em risco

(Fonte de Pesquisa: DETRAN/RJ)

RELACIONAMENTO HUMANO NO TRÂNSITO

O texto abaixo oferece subsídios para trabalho com alunos das 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e também para todas as séries do Ensino Médio. Os tópicos abordados são considerações importantes para serem levadas em conta, numa reflexão em busca da convivência harmônica entre as pessoas, através da organização e do respeito aos direitos e deveres individuais e do grupo. É possível através da leitura e da reflexão:

  • Organizar um fórum de discussões sobre “o espaço, os direitos e deveres de cada um no trânsito”;
  • Através de mímica ou pequenas esquetes teatrais

preparadas pelos próprios alunos que organizados em equipes podem apresentar ao grande grupo, os fatores que ocasionam os problemas de relacionamento no trânsito;

  • Elaborar e aplicar uma pesquisa de campo em pontos estratégicos da cidade, os alunos podem abordar motoristas e pedestres questionado-os sobre os níveis de estresse que são ocasionados pelo trânsito. após a pesquisa, pode-se fazer a estatística dos dados coletados formulando diversos gráficos que depois de registrados, podem ser socializados com toda a escola.

PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO HUMANO NO TRÂNSITO

“Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os demais veículos, resulta em multa, suspensão do direito de dirigir, retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação, sendo considerado infração gravíssima”

(CTB. Art 170.)

No trânsito ninguém está sozinho. As leis não foram feitas apenas para alguns, mas para todos. Grande parte dos problemas de relacionamento humano no trânsito, ocorrem devido a uma série de fatores, tais como:

  • SUPERVALORIZAÇÃO DA MÁQUINA:
    Quanto melhor o veículo, mais direitos e menos deveres o condutor "acha" que tem.

  • INVERSÃO DE VALORES:
    Muitas vezes o veículo acaba sendo utilizado como instrumento de força, vaidade e competição.

  • FALTA DE CONTROLE EMOCIONAL DO INDIVÍDUO:
    O motorista acredita que só os seus problemas ou vontades contam e devem ser respeitados.

  • EGOÍSMO:
    Falta do pensar no coletivo. O condutor acredita que só ele conta, os outros não existem.

  • DESCASO A NORMAS E REGULAMENTOS:
    Infelizmente a maioria pensa que a legislação de trânsito foi feita para os outros, não para mim.

  • FALTA DE DOMÍNIO AOS IMPULSOS INDESEJÁVEIS:
    Dizer palavrões, fazer gestos obscenos, achar-se dono da rua.

  • USO INADEQUADO DOS MECANISMOS DE AJUSTAMENTO:
    Tentar dar sempre um "jeitinho" para fugir das leis de trânsito.

  • FALTA DE PLANEJAMENTO - HORÁRIO – PERCURSO:
    Tentando recuperar o tempo perdido, apressando ou perturbando os outros condutores, alguns motoristas acabam se achando com mais direitos do que os demais. .

  • DESCONHECIMENTO:
    Não conhecendo as leis de trânsito, sinalização, o seu veículo, etc. como o condutor poderá dirigir corretamente?

  • DESRESPEITO AOS DIREITOS ALHEIOS:
    Sempre que cometer uma infração de trânsito o motorista estará ferindo direitos alheios. Colocando em risco a sua vida e dos demais.


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